O tema da proteção do clima agora está sendo levado muito a sério pela indústria. As metas políticas de proteção do clima em nível global e nacional contribuem para isso. Mas o mercado também cobra cada vez mais a responsabilidade pela relevância climática de produtos e empresas. Isso é mais claramente demonstraddo pelos anúncios de muitas grandes corporações que lutam pela chamada neutralidade climática nos próximos anos.
O tema da proteção do clima agora está sendo levado muito a sério pela indústria. As metas políticas de proteção do clima em nível global e nacional contribuem para isso. Mas o mercado também cobra cada vez mais a responsabilidade pela relevância climática de produtos e empresas. Isso é mais claramente demonstraddo pelos anúncios de muitas grandes corporações que lutam pela chamada neutralidade climática nos próximos anos. Como resultado, as empresas fornecedoras também estão sendo responsabilizadas. Começa com a questão de como é o equilíbrio das emissões de gases do efeito estufa e continua com a discussão de planos para reduzir essas emissões. Números e medidas adequadas – é esse o foco nos próximos anos.
Mas mesmo fornecer números adequados é uma tarefa difícil. O Greenhouse Gas Protocol, uma iniciativa de várias organizações não governamentais, tornou-se o padrão para relatar as emissões de gases do efeito estufa em uma empresa. Nem tudo faz sentido ou pode ser provado, mas os aspectos básicos são aplicados em todo o mundo. As emissões do escopo 1, por exemplo, referem-se às emissões diretas de gases do efeito estufa – principalmente dióxido de carbono – nas instalações das empresas. Este é o mais fácil de determinar, pois é calculado com base no consumo de combustíveis fósseis.
As emissões do Escopo 2 estão indiretamente relacionadas à energia adquirida externamente, em especial a energia elétrica. Aqui o balanceamento se torna mais difícil: Você calcula com os dados dos fornecedores de energia ou com os valores médios nacionais, o chamado mix de eletricidade? Existem bons argumentos para ambos, ou objeções a ambos. No entanto, as empresas têm mais problemas em contabilizar outras emissões, por exemplo, na cadeia de abastecimento ou na fase de utilização dos produtos. Elas são chamadas de Emissões do Escopo 3.
MARIO SCHMIDT Cientista e professor de gestão de negócios ecológicos Universidade de Pforzheim
Físico, cientista ambiental e professor de gestão de negócios ecológicos na Universidade de Pforzheim. Ele dirige o Instituto de Ecologia Industrial (INEC) e é membro de várias comissões sobre sustentabilidade, proteção do clima e eficiência de recursos.
Grandes emissões ocorrem principalmente quando as matérias-primas são extraídas em países distantes
Na cadeia de suprimentos, por outro lado, surge o problema de que muitas vezes as informações precisam ser obtidas de centenas ou, no caso de grandes empresas, até de milhares de fornecedores, e isso em escala internacional. Mesmo assim, você só teria números de fornecedores diretos, portanto, Tier 1. Mas e a cadeia de suprimentos upstream até o final? Esses dados escapam a qualquer coleta prática, mas são altamente relevantes porque uma grande parte das emissões ocorre principalmente onde as matérias-primas são extraídas e processadas em países distantes, muitas vezes com tecnologia moderadamente eficiente e usando combustíveis fósseis.
Mas existem métodos para estimar as emissões na cadeia de abastecimento. Para tanto, são utilizados dados do comércio internacional e balanços de emissões específicos de cada país. O Instituto de Ecologia Industrial da Universidade de Pforzheim, juntamente com a consultoria Systain, com sede em Hamburgo, e o think tank Industrial Resource Strategies, com sede em Karlsruhe, desenvolveram uma ferramenta digital gratuita que facilita a determinação de emissões na cadeia de suprimentos. O “scope3analyzer” foi lançado em 2022, com apoio de fundos do governo estadual de Baden-Württemberg.
No scope3analyzer, uma empresa pode inserir o volume de compras, subdividido em diferentes grupos de mercadorias e países de origem, em euros. A ferramenta então calcula as emissões que ocorrem na cadeia de abastecimento em todo o mundo. Os dados inseridos permanecem anônimos e não são armazenados, porque os dados de compra são particularmente confidenciais para as empresas. Assim, as empresas também podem especificar dados de compra escalonados para que os valores absolutos possam permanecer com a empresa.
O cálculo das emissões da cadeia de abastecimento é baseado em valores médios para os grupos de mercadorias dos respectivos países e, obviamente, não representa a cadeia de abastecimento real de uma empresa. Mas os números servem como uma boa estimativa e análise de hotspot, com a qual muitas conclusões podem ser tiradas, por exemplo, se certas matérias-primas ou produtos intermediários devem ser adquiridos de outros países no futuro. Os departamentos de compras terão cada vez mais de lidar com essas questões.
Estimativas ainda mais precisas seriam obtidas se os fornecedores também usassem o scope3 para balanceamento. Porque eles determinariam com precisão suas emissões de escopo 1 e 2, e apenas sua cadeia de suprimentos seria estimada com valores médios. Você poderia ir cada vez mais fundo na cadeia de suprimentos e, eventualmente, até mesmo determinar o equilíbrio exato das emissões do Escopo 3. A ferramenta é oferecida em inglês e alemão.
scope³ analyzer
Depois do balanceamento, começa o verdadeiro trabalho: reduzir as emissões
Mas depois do balanceamento, começa o verdadeiro trabalho, ou seja, a redução das emissões. A compensação monetária ou a mera compra de eletricidade verde, cuja origem é muitas vezes duvidosa, não é uma solução a longo prazo. A longo prazo, só faz sentido mudar para tecnologias de eficiência energética e de materiais, para energias renováveis e para produtos upstream de baixa emissão. Cada empresa pode desempenhar sua própria parte nisso.
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matéria na revista sobre a Pforzheim University
Rastreando a pegada de carbono na cadeia de suprimentos
The manufacturing industry has a responsibility to reduce its environmental footprint. Legal requirements and growing social pressure have set a process of rethinking in motion: corporate leaders see a need to reassess the environmental impact of their work.
