Interview
Interview
October 25, 2022
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Sustainability
Até 2030, uma em cada duas empresas quer ser carbono neutra, de acordo com um resultado do estudo da Staufen “Transformação Verde na Indústria de Máquinas”. Björn Falk, gerente da indústria, explica em uma conversa com a diretora da Staufen, Canan Jungel, se essa é uma meta realista.
Transformar-se em uma empresa sustentável é uma coisa, ter a estratégia certa pronta é outra. É o que mostra o estudo “Transformação Verde na Indústria de Máquinas”: Anteriormente, apenas um terço das empresas na Alemanha tinha uma estratégia clara para a transformação verde. As empresas estão perdendo o compromisso necessário?
A SUSTENTABILIDADE É DE RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
Björn Falk, que como gerente industrial da Staufen AG gerenciou a pesquisa com mais de 150 empresas do setor de máquinas e instalações alemãs, não está surpreso com os resultados do estudo. Para ele, a transformação verde também é uma questão de classificação. É justamente nas empresas de máquinas de médio porte que muitos objetivos estão menos ancorados na estratégia e mais na cultura corporativa. Assim, o objetivo da sustentabilidade faz parte da responsabilidade que um empreendedor carrega.
as EMPRESAS precisam CRIAR TRANSPARÊNCIA
Mesmo que as empresas não falem expressamente sobre sustentabilidade, na crise atual, isso tem sido impulsionado pelos temas de energia e materiais. “A questão é se as medidas atuais podem ser consideradas dento do âmbito da sustentabilidade ou se no momento a preocupação é lidar mais cedo com a pressão de custos que está exercendo uma influência significativa nas empresas devido ao aumento dos preços da energia”, diz Falk. Para reduzir a pressão de custos, antes de mais nada, é importante criar transparência. Muitas empresas não sabem: “Com que sustentabilidade ou eficiência energética, com que eficiência de recursos estou trabalhando?”
Para a transparência necessária, as emissões de CO2 devem ser determinadas desde as máquinas e sistemas, passando pelos prédios e carros da empresa, até a cadeia de suprimentos. Segundo Björn Falk: “É claro que isso também inclui todo o tema da eficiência energética. Quanta energia estou consumindo? Quão altas são as emissões? Como esses custos estão mudando? De quais fontes estou extraindo essa energia?” De acordo com a visão do especialista, material e reciclagem é o terceiro tópico importante: “Qual é a porcentagem de materiais reciclados que posso usar e reutilizar? Do que já tenho e do que uso, como posso incorporar algo a mais na cadeia de valor? Todos esses são exemplos que desempenham um papel.”
TRANSFORMAÇÃO VERDE GRAÇAS A MAIS PRESSÃO NA CADEIA DE FORNECIMENTO
Com os temas da energia e material, as empresas têm uma grande alavanca para avançar na transformação verde na cadeia de suprimentos. Como mostra o estudo da Staufen, apenas uma em cada quatro empresas do setor de engenharia mecânica seleciona seus fornecedores de acordo com critérios ecológicos. Björn Falk: “Empresas que já estão bem estabelecidas nesse sentido passarão pela atual crise de energia um pouco melhor.”
NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS PARA A TRANSFORMAÇÃO VERDE?
Björn Falk, quando questionado pela diretora da Staufen se as empresas do setor de engenharia mecânica devem se preparar novamente para uma completa transformação verde e mudar seu modelo de negócios disse: “Acredito que tais possibilidades de mudar o modelo de negócios certamente terão uma grande influência. Mas não acredito que este seja o único caminho.” Por meio dos temas de eficiência e redução de resíduos, há oportunidades suficientes para fazer jus ao tema da sustentabilidade. As empresas devem sempre decidir, dentro da situação em que se encontram, o que oferece maior potencial.
E a meta de que até 2030 todas as outras empresas de engenharia mecânica gostariam de ser neutras em relação ao clima? Björn Falk afirma: “Eu chamaria isso de esporte.” Neste momento, com gargalos de entrega, escassez de materiais e falta de pessoal, há temas urgentes que as empresas devem focar e que colocam o tema da sustentabilidade em segundo plano”. No entanto, do seu ponto de vista, o objetivo não foi totalmente abandonado: “Se eu enfrentar crises de energia e crises materiais frente a frente, me tornar mais local, por exemplo, em minhas cadeias de suprimentos, de fato me tornarei uma empresa sustentável. E é por isso que acredito que é possível que, de 2030 a 2035, muitas empresas alcancem essa meta sustentável ou neutra em relação ao clima.”
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