*Por Fábio Silva
Onde chegamos após quase 30 anos de implementação do Lean Management? Essa foi uma indagação fundamental do autor James Womack, de “A máquina que mudou o mundo”, obra que revelou o Lean Manufacturing para o ocidente.
Há alguns anos, Womack veio ao Brasil para celebrar 25 anos do lançamento de sua célebre obra. Naquele momento, ele comentou que, depois de tantos anos, apesar do Lean ter se expandido dentro e fora dos ambientes produtivos, em termos de profundidade de aplicação, ainda estamos muitos passos para trás.
Em uma edição especial, “25 Anos de Lean Management”, a STAUFEN apresenta a mesma conclusão. A pesquisa realizada com mais de 1.500 executivos mostrou o quanto o Lean Management foi integrado à economia de alguns países. Somente em 25% da amostra avaliada, empresas apresentam o Lean Management como extensivamente implementado – sendo que o Japão e a Alemanha lideram este ranking.
Este mesmo resultado mostra que mais de 75% das empresas no mundo todo ainda estão muito longe de atingir seu potencial real – países como China, Brasil, Reino Unido e Estados Unidos integram esta tão heterogênea lista. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, 84% dos entrevistados afirmam que o Lean Management ainda é estratégico para converter potenciais de eficiência e eficácia em realidade.
A Indústria 4.0
Ainda que a Indústria 4.0 traga elementos novos que podem ser importantes alavancas de desempenho para o presente e para o futuro, aproximadamente 90% das empresas consideram que o Lean Management é um requisito fundamental para a introdução à Transformação Digital.
Alguns modismos e possíveis desvios de foco preocupam. Muitas vezes esperamos por uma novidade para nos agarrarmos – como uma tábua de salvação – e deixamos de fazer o básico, o extremamente necessário. Tecnologias são sempre bem-vindas, mas precisam ser extensivamente avaliadas e testadas para que comprovem que realmente o desempenho da organização pode ser melhorado, sejam eles internos ou externos ao negócio. As empresas que têm estratégias consistentes para a excelência focam basicamente em 3 pilares: Processos, Liderança e Tecnologia, com roadmaps claros, abrangentes e consistentes para chegar ao alvo desejado de forma duradoura.
A STAUFEN possui uma abordagem específica que busca, de forma estruturada e focada em resultados, integrar processos, pessoas e tecnologia aos processos de negócios, de forma pragmática, mensurável, cooperativa e sustentável.
* Fábio Ramos Silva é mestre em Engenharia Mecânica e Sistema Produtivo, Partner da STAUFEN.Táktica. Atuou como líder em grandes projetos de transformação e de excelência operacional no Brasil e internacionalmente.