academy

Indústria 4.0 – A quarta Revolução Industrial

July 25, 2017 | News Brazil
Uma revolução industrial é definida e caracterizada por mudanças radicais e importantes geralmente motivadas pela incorporação de novas tecnologias e novos métodos de trabalho. Diversos estudos têm apontado para o início de uma nova revolução industrial, ou seja, a quarta revolução industrial que está sendo batizada de “Indústria 4.0”. É interessante observar que as outras revoluções industriais foram observadas após terem sido implementadas, ao contrário desta que ainda está bem no início e já está sendo considerada uma revolução.
Analisando a história, observamos que a primeira revolução industrial ocorreu entre os anos de 1.760 e 1.840 e se iniciou com a transição de novos métodos de produção. Anteriormente a atividade produtiva era extremamente manual ou artesanal, passando a partir deste momento a ser desenvolvida utilizando-se de máquinas ferramentas, uso crescente da utilização de energia a vapor, novos processos de produção de ferro e também a utilização de combustíveis como o carvão.
A segunda revolução industrial teve seu início por volta do ano de 1.900 através do desenvolvimento da produção em massa, que é um termo que designa a produção em larga escala de produtos padronizados através de linhas de montagem. Este método de produção foi inicialmente desenvolvido por Henry Ford na fabricação do automóvel chamado de Ford “modelo T” (T é a vigésima letra do alfabeto), devido a ter sido a vigésima tentativa bem-sucedida de projetar um veículo voltado a ser produzido em larga escala.
A terceira revolução industrial teve seu início por volta dos anos de 1.970 com a utilização e desenvolvimento de novas tecnologias, desenvolvimento da robótica, progresso da eletrônica permitindo o aparecimento da computação e automação no processo produtivo, ou seja, junção do conhecimento científico e a produção industrial.
Atualmente, podemos observar alguns desafios que são enfrentados pelas indústrias como a globalização de produtos e serviços, as tecnologias cada vez mais evoluídas e inovadoras influenciando a competitividade das empresas, as exigências dos clientes para produtos cada vez mais personalizados e a grande necessidade de capacitar as indústrias com maior flexibilidade, produção de lotes menores, redução dos prazos de entrega e redução de custo nos processos produtivos.
Analisando este cenário, surgiu a necessidade de criação de uma indústria mais competitiva e que pudesse atender a estas exigências, daí surgiu o conceito de “Indústria 4.0”, este termo tornou-se conhecido no ano de 2011 na Alemanha quando uma associação alemã de representantes do mundo empresarial, político e acadêmico promoveu a ideia como uma abordagem para aumentar a competitividade da sua indústria, formaram então um “grupo de trabalho da indústria 4.0”, onde foram desenvolvidas e publicadas as primeiras recomendações para a implementação da mesma no ano de 2013.
Uma das definições para a indústria 4.0 seria a interação entre as tecnologias e conceitos de agregação de valor na cadeia produtiva através das Fábricas inteligentes (Smart Factory) onde os Cyber Physical Systems (CPS) monitoram os processos físicos, criam uma cópia virtual do mundo físico e tomam decisões descentralizadas, além disso recebem informações da Internet das coisas (IoT) e dos serviços (IoS) sobre os serviços internos e externos da cadeia produtiva.
Foram identificados quatro componentes-chave da indústria 4.0, ou sejam:
Cyber Physical Systems (CPS)
Internet das coisas (IoT)
Internet dos serviços (IoS)
Fábrica inteligente (Smart Factory)
Outros subcomponentes são produtos inteligentes onde os mesmos possuem um chip para identificação, a comunicação Machine-to-Machine (M2M) onde as máquinas se comunicam entre si, a armazenagem de informações em nuvem, etc.
Cyber Physical Systems (CPS)
São sistemas que fazem a integração entre o mundo físico e o mundo virtual através de sensores inteligentes, redes de monitoramento, computadores e controle físico dos processos. Neste ambiente, os sistemas são interconectados e podem programar, configurar, ajustar e monitorar as máquinas dentro de um processo produtivo, de acordo com os dados coletados e analisados em tempo real. 
Internet das coisas (IoT)
A Internet das coisas é a tendência mais importante do nosso tempo, com a combinação de sensores incorporados aos objetos físicos e a utilização de dados que são gerados por estes sensores, ou seja, pode ser definida como a interação das informações referentes aos objetos através dos sensores com os sistemas CPS.
Internet dos serviços (IoS)
A Internet dos serviços permite que os fornecedores de serviços ofereçam seus serviços via internet, isto possibilita desenvolver a agregação de valor através da cadeia produtiva, podendo ser oferecidos serviços de novas tecnologias de produção, compensação da falta de capacidade produtiva, possibilidade de maior flexibilidade de movimentação entre estações de montagem, etc
Fábrica inteligente (Smart Factory)
Pode ser definida como uma fábrica onde a CPS se comunica através da IoT e auxilia os operadores e as máquinas na execução das tarefas. Quando pensamos na planta Smart factory, podemos imaginar todas as CPS interligadas entre si e capazes de se comunicar e tomar decisões por conta própria sobre qual o melhor plano de processo para a necessidade de produção, ou seja, o status da planta é permanentemente rastreado e analisado reagindo a qualquer problema que ocorra de forma imediata.
Para concluir, em maio do ano passado tivemos a FEIMEC – Feira Internacional de Maquinas e Equipamentos, onde foi apresentado um demonstrador dos conceitos da linha de Manufatura Avançada ou indústria 4.0, o vídeo desta linha pode ser visto no endereço www.youtube.com/watch?v=NF0MwKRidPg 

MANTENHA-SE ATUALIZADO

Subscribe to our newsletter
Staufen Back To Top Button