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A indústria brasileira luta para voltar

March 7, 2017 | News Brazil
Escândalos de corrupção, crescimento econômico negativo, desvalorização do real – nos três últimos anos o Brasil esteve em queda, o que, ao que parece, agora parou. A indústria alemã deve voltar a dar mais atenção aos importantes centros industriais e parceiros de negócios.
Atualmente, a indústria brasileira ainda está sofrendo de excesso de capacidade. Isso vale principalmente para a indústria automobilística e, como consequência, à indústria de máquinas e instalações industriais. Além disso, a concorrência da Ásia está crescendo e a competição está cada vez mais intensa com a pressão sobre os preços. A situação política tem se estabilizado com facilidade, graças a uma mudança de politica pró-indústria do governo. No entanto, 2017 deve ainda ser um desafio para a economia.
Inicialmente na área de máquinas e instalações de fábricas alemães no Brasil a situação permanece difícil. Apesar da engenharia alemã ser famosa por sua qualidade, a situação atual faz com que o preço baixo apareça em primeiro plano. Para 2018 e 2019, no entanto, a Staufen Taktica espera um fortalecimento econômico e aumento do investimento. Ainda assim, as grandes empresas automobilísticas, de construção naval, produção de aço industrial e de maquinários e plantas fabris irão trabalhar por mais alguns anos para reduzir o excesso de capacidade.
Turnaround
Um olhar para trás facilita a análise. A indústria brasileira estava indo bem até 2014, tendo um crescimento rápido. O resultado: estruturas rápidas e caoticamente erguidas. De frente ao aumento da concorrência da Ásia e a aproximação de uma recuperação, deve-se agora aumentar a produtividade e a eficiência para conseguir dar a volta por cima e ganhar flexibilidade. Deste modo, aumentar o valor agregado  das indústrias brasileiras é, em 2017, um dos principais desafios. Os processos devem ser analisados e definidos sistematicamente. Algumas subsidiárias alemãs no Brasil estão indo por este caminho há algum tempo, e estão ficando mais enxutas tanto nas áreas diretas quanto, em alguns casos também, nas áreas indiretas.
À frente disso, a Siemens, por exemplo, possui mais de 7.000 funcionários no Brasil, doze fábricas, sete centros de P&D, e 13 escritórios de vendas. A primeira fábrica passou por uma transformação lean em 1999. Para fortalecer a cultura Lean e estabelecer processos enxutos em toda a cadeia de valor, em 2014 a Siemens deu mais um passo. A Staufen Taktica foi trazida a bordo para estabelecer um programa de certificação direcionado ao pensamento Lean com conceitos e ferramentas na áreas indiretas. O programa concentra-se em exemplos práticos de implementação, simulações, treinamento e coaching. Entre 2014 e 2015, os consultores formaram mais de 100 especialistas Lean em diferentes níveis no Brasil. Mais de 60 projetos foram implementados, resultando um Roi elevado.
A Mahle, fornecedor Automotivo, também seguiu o caminho para o Lean Enterprise em 2015. A companhia vem produzindo há muitos anos no Brasil e desde 2008 possui um centro de pesquisa e desenvolvimento no país. Em um projeto-piloto de Shop floor Management uma equipe de especialistas da Mahle e da Staufen Taktica analisou e otimizou os processos de fabricação de anéis de pistão não revestidos. Gestores e colaboradores desenvolveram novos indicadores e novas rotinas, a fim de trazer clareza e transparência nos processos. Com a introdução da rotina do Plan-Do-Check-Act , as habilidades de solução de problemas dos colaboradores aumentaram e o comportamento da liderança no local de trabalho também melhorou.
Sucesso com novas ofertas
Como o Lean Management pode levar a novos serviços no Brasil, é o que mostra um exemplo do formador de especialistas Schuler. O desenvolvimento de novos serviços industriais visa aumentar a produtividade e eficiência para o cliente. Isto torna possível às empresas distinguir-se da concorrência asiática mais barata e parar a depreciação.
O fabricante de autopeças e prensas desenvolveu um sistema promissor: o diagnóstico quick-check, que foi introduzido no Brasil ao final de 2016 como um projeto piloto. Este diagnóstico rápido leva cerca de três a cinco dias. O consultor da Staufen-Taktica, os funcionários Schuler e empresas clientes não analisam somente as máquinas e a produção, mas também os processos anteriores e posteriores, assim como a cadeia logística. Carlos Matiello, engenheiro de Projetos na Schuler Brasil – Prensas, está convencido de que o novo modelo de cooperação abre as portas da empresa para novos negócios.
*Dr. Paulo Lima é General Manager da consultoria Staufen Taktica Artigo publicado na revista alemã "MachinenMarkt"

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