Como o Lean e o Ágil podem transformar os nossos bancos

October 5, 2021 | Entrevista, Leadership und Organisationsentwicklung, Operations Management, TRansformação Ágil

As empresas que passam por uma Transformação Lean e Ágil têm a capacidade de responder aos obstáculos e requisitos com maior flexibilidade e precisão. Em uma entrevista a Nicolas Romfeld, consultor e coach na Staufen, Hatice Sen e Patrick Hofacker, que trabalham como Agile Coaches no ING, explicam por que isso acontece e quais desafios e oportunidades essa abordagem traz.

Transformação Lean e Ágil em bancos em tempos desafiadores

Há vários anos, os bancos enfrentam muitos desafios: a política de taxas de juros baixas está causando uma mudança no apelo a diferentes tipos de investimentos. Ao mesmo tempo, os clientes se acostumaram a fazer muitas coisas online – como resultado da digitalização contínua. Os sinais dos tempos também apontam para a proteção ambiental e a sustentabilidade – circunstância que os bancos também devem levar em consideração. Enquanto isso, cada vez mais regulamentos precisam ser cumpridos.

É um ato de equilíbrio que deve ser dominado: responder com flexibilidade aos desejos do cliente, cumprir todas as regras de maneira confiável e segura e, ao mesmo tempo, ficar de olho na concorrência do mercado é um enorme desafio. Quem ainda deseja operar de forma dinâmica aqui, deve dizer adeus às estruturas e métodos tradicionais.

O ING fez exatamente isso – como um banco direto com a maior parte dos clientes na Alemanha, é uma grande empresa financeira. Como tal, dar o passo para uma Transformação Ágil era um risco. Mas valeu a pena.

Ágil não é um upgrade – é o futuro

O mercado financeiro hoje está se tornando cada vez mais rápido e diversificado. Se você quer sobreviver aqui, você tem que dizer adeus ao “business as usual”. Particularmente no setor financeiro, as infraestruturas de TI frequentemente evoluíram ao longo dos últimos anos e são bastante inflexíveis no geral. Devem ser substituídas por estruturas mais enxutas e atualizadas que facilitem uma resposta rápida às mudanças do mercado. Só assim é possível organizar o banco de forma mais descentralizada, orientada para o cliente e o mais flexível possível.

Uma distinção deve ser feita aqui entre “fazer ágil” e “ser ágil”. Se, por exemplo, você apenas treina suas equipes para trabalhar com agilidade, você não criou uma empresa ágil. É necessária uma transformação holística aqui. Afeta todas as áreas da empresa e também deve estar ancorada na mente dos colaboradores: Além da mudança de métodos e estruturas, é particularmente importante exemplificar a mentalidade adequada e os novos valores.

Satisfação do cliente é a chave

Se você deseja implementar uma Transformação Ágil em sua empresa, é fundamental trazer seus funcionários junto com você. Essa não é uma tarefa fácil, porque o “sempre fizemos isso assim” está profundamente arraigado na mente de muitas pessoas. Com muita comunicação aberta e incentivo, no entanto, a maioria dos funcionários fica feliz em abraçar a nova transparência: eles aproveitam a oportunidade para apontar coisas que estão dando errado na empresa, que estão retardando as coisas ou onde os erros continuam ocorrendo.

Esse feedback pode parecer opressor no início, uma vez que realmente começa: muitos funcionários inicialmente parecem intimidados, mas quando percebem que sua contribuição pode provocar uma mudança há muito desejada, eles se desfazem de sua timidez. Consequentemente, torna-se importante encontrar aqui o ritmo certo para os levantamentos necessários: planejar e implementar as medidas para eliminar as queixas e, finalmente, verificar se a abordagem leva ao sucesso, o que normalmente demanda mais tempo.

A Transformação Ágil é realmente um processo contínuo

As empresas em Transformação Ágil passam pelo ciclo PDCA repetidamente. Esta abreviatura significa Planejar – Executar – Verificar – Agir (do inglês: Plan, Do, Check, Act). Em outras palavras, depois que uma reclamação é identificada, um plano é feito sobre como ela deve ser remediada. A ação decidida é implementada e é então verificado até que ponto ela foi bem-sucedida. Isso pode ser feito por meio de indicadores apropriados, mas também perguntando os funcionários.

Às vezes, acontece de a medida não funcionar tão bem quanto o esperado – ou até mesmo produzindo resultados contrários. Nesse caso, uma mudança precisa ser feita: se uma estrutura se mostrar errada, ela deve ser substituída por outra.

A Transformação Ágil nunca termina. No momento em que você declara a mudança como concluída, as coisas param novamente, o que ninguém pode “pagar” no mercado atual, em rápida mudança. Na verdade, a Transformação Ágil não foi projetada para ser simplesmente concluída: novos pontos estão sempre se abrindo onde algo pode ser melhorado.

Esse também é o caso em empresas com estruturas organizacionais rígidas, mas os problemas aqui são simplesmente esquecidos. A transparência e a comunicação aberta em uma empresa ágil, por outro lado, permitem identificar e trabalhar rapidamente os pontos difíceis.

A jornada é o destino

Para alguns proprietários de empresas, o fato de não ser fácil definir metas fixas para a Transformação Ágil pode parecer confuso – é quase impossível traçar um roteiro para os próximos anos. O objetivo fundamental é resolver os respectivos problemas o mais rápido e da melhor maneira possível. Os colaboradores devem estar satisfeitos e motivados no processo, o que se torna principalmente possível com o trabalho interno nas equipas e com a otimização da colaboração entre as equipas. A satisfação do cliente com o desempenho também é um ponto importante.

O foco principal são os times

Particularmente em bancos, onde por muito tempo o foco estava sempre no indivíduo, mudar repentinamente para uma abordagem de equipe é difícil: Nesses casos, um sistema que fornece bônus por bons resultados, por exemplo, tem que ser colocado em prática desde o início. No entanto, os colegas simplesmente trabalham melhor juntos quando sabem que não são concorrentes, mas uma equipe. É um desafio libertá-los de suas velhas estruturas e acompanhá-los na nova forma de organização de maneira que se sintam rapidamente confortáveis.

A Transformação Ágil deve ser holística

Quem compromete a sua empresa com a agilidade não deve fazer as coisas pela metade: o sucesso desta transformação é exclusivamente na base do “ou tudo, ou nada”. Alguns empreendedores buscam algum tipo de mudança na empresa porque ela parece estar na moda no momento. Eles esperam alcançar o máximo possível com o mínimo esforço possível. Essas tentativas não funcionam, porque não chegam à raiz do problema. A Transformação Ágil, por outro lado, faz exatamente isso de forma permanente.

Quer saber mais sobre Lean Banking?

MANTENHA-SE ATUALIZADO

Subscribe to our newsletter
Staufen Back To Top Button