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“Novo modelo de trabalho pode torná-lo mais agradável” 

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August 23, 2022 | Entrevista, Liderança, Operations Management, Operations Management

O novo modelo de trabalho promete tornar o trabalho mais fácil, flexível e agradável, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Detlev Artelt, Arquiteto de Comunicação e Diretor Administrativo da Consultoria Aixvox, fala sobre os desafios e soluções neste contexto.

A photo of business people having discussion in board room. Male and female professionals are seen through glass. They are working in office.

cada um parte de um ponto específico em sua jornada

Toda mudança na vida profissional envolve esforço: tendemos a fazer tudo do jeito que sempre fizemos – simplesmente por hábito. Mas para colher os benefícios do novo modelo de trabalho, a mudança é inevitável. A maior dificuldade é que nem todos em uma equipe estão na mesma página: enquanto alguns trabalham facilmente com documentos na nuvem, outros ainda enviam grandes volumes de dados por e-mail. “A comunicação é, obviamente, um ponto muito importante”, conta o arquiteto de comunicação Detlev Artelt.

É importante envolver cada membro da equipe do ponto onde eles estão. Para o arquiteto de comunicação, a primeira coisa a fazer é sempre uma análise – questionando os diferentes pontos de vista. Só assim é possível montar as ferramentas adequadas para a empresa e a equipe. Existem ferramentas que podem ser usadas em alguns locais de trabalho e não em outros. Qualquer pessoa que trabalhe em uma máquina, por exemplo, está vinculada a um local específico. Isso não se aplica a pessoas que projetam apresentações, escrevem artigos, dão palestras, etc.: Aqui não há local fixo para o trabalho.

Cabe ao arquiteto de comunicação mostrar à força de trabalho da empresa as possibilidades: Como tornar o trabalho mais flexível e prazeroso? Qual ferramenta é adequada? Por que não é necessário se fixar no escritório? O conceito de “mundo anterior do trabalho”, por mais desvantagens que possa trazer, é surpreendentemente difícil de derrubar, explica Detlev Artelt: “Temos que desmistificar as coisas para que o trabalho não seja mais um lugar, mas algo que eu faço”.

os três Bs – bricks, bytes e behavior (ou tijolos, bytes e comportamentos)

Para remover idéias e suposições profundamente arraigadas da mente das pessoas, vários pontos devem ser trabalhados juntos. Detlev Artelt os chama de três Bs: bricks, bytes and behavior, ou seja, tijolos, bytes e comportamentos.

Em muitas empresas que estão bem equipadas com tijolos e bytes, falta comportamento. Isso se deve ao fato de que a aquisição dos equipamentos necessários e das ferramentas modernas é “apenas” uma questão de dinheiro, enquanto o comportamento deve ocorrer tanto na cabeça dos funcionários quanto na da direção.

Por exemplo, não basta adquirir equipamentos de alta qualidade e agendar treinamentos para a equipe; é imprescindível que a gestão e os executivos também dominem e usem os tijolos e os bytes. Funcionar como um modelo não deve ser subestimado: por que os funcionários devem se esforçar para mudar se a administração não o faz?

Bricks – tijolos

Tijolos são as próprias empresas, os locais de trabalho, os espaços e os locais disponíveis para o trabalho.

Bytes

Bytes são o conjunto de tecnologias utilizáveis ​​que permitem que as pessoas colaborem, mesmo em lugares diferentes – desde ferramentas de comunicação para conferências até serviços em nuvem para compartilhar e colaborar em grandes quantidades de dados.

Behaviour – comportamento

Comportamento é a cultura corporativa que deve garantir que os dois primeiros recursos sejam bem explorados e utilizados. 

BMas a questão também é: que valor agregado o trabalho no saguão oferece? Por que eu deveria sentar lá ao invés de estar no escritório? Além disso, por que alguém pensaria que não estou fazendo nada quando estou sentado lá com meu laptop ou papel e caneta?

Detlev artelt,
arquiteto de comunicação e diretor administrativo da aixvox

Simplesmente trabalhe de forma diferente

O livro de Detlev Artelt “Simplesmente trabalhe de forma diferente” foi publicado em 2015. É importante notar que “simplesmente” se refere ao objetivo, não à implementação: “Claro, isso não é nada fácil para as empresas”, diz Detlev Artelt. Ele conhece empresas, por exemplo, com saguões extremamente confortáveis e bem equipados, onde os funcionários também podem trabalhar para variar, se quiserem: “Mas a questão também é: que valor agregado o trabalho no saguão oferece? Por que eu deveria sentar lá ao invés de estar no escritório? Além disso, por que alguém pensaria que não estou fazendo nada quando estou sentado lá com meu laptop ou papel e caneta?” Isso se deve à ideia profundamente arraigada de que o escritório é o local de trabalho e não o saguão.

Isso mostra um dos problemas básicos da mudança nas empresas: não basta fornecer novas ferramentas aos funcionários. Eles também precisam de orientação e ajuda para experimentar, aceitar, criar e manter novos hábitos.

Gestores enfrentam grandes desafios

Às vezes acontece que aqueles que se opõem à videoconferência, por exemplo, têm monitores ou microfones que funcionam mal – então eles assumem que não podem lidar com a nova tecnologia. Verificar isso deve ser um dos primeiros passos. Já elimina muito potencial de recusa.

Para qualquer mudança, você precisa criar uma espécie de inventário:

  • Quais ferramentas e oportunidades estão disponíveis?
  • Elas estão igualmente disponíveis para todos os funcionários?
  • Até que ponto a digitalização progrediu na empresa em geral?

No entanto, hardware não é o problema na maioria dos casos: especialmente os funcionários que dificilmente usam computadores fora do trabalho e não têm interesse no assunto, muitas vezes reagem com má vontade a mudanças para as quais precisam aprender algo que não é diretamente adequado para eles. Outros, por outro lado, ficam felizes em aceitar novas possibilidades, entendê-las intuitivamente e usá-las com confiança e naturalidade em um curto período de tempo. Essa discrepância torna o treinamento mais complicado.

Os gestores devem sempre considerar que uma parte da equipe precisa de mais ajuda que outra. Além disso, existem inúmeras gradações aqui que devem ser consideradas. Alguns funcionários precisam apenas de uma breve introdução: “Para muitos, usar essas ferramentas é natural”, diz Detlev Artelt. Outros não apenas precisam de mais treinamentos e workshops em menor escala, mas também precisam de orientação gentil repetidas vezes em suas rotinas para garantir que aproveitem as novas oportunidades a longo prazo.

Novo modelo de trabalho pode torná-lo mais agradável

Detlev Artelt acha importante aproveitar as oportunidades oferecidas pelo novo trabalho para tornar o trabalho o mais agradável possível. O fato de muitas empresas terem permitido trabalhar em casa durante a pandemia foi apenas o primeiro passo: “Nem todo mundo tem vontade e espaço para trabalhar em casa”, ressalta Artelt. Mas os espaços de coworking também oferecem uma alternativa interessante ao escritório corporativo. As novas tecnologias também tornam mais fácil para os funcionários cuidarem de si mesmos em um fluxo de trabalho concentrado. “Eu também uso uma ferramenta quando trabalho. Ela me lembra de fazer pausas. E também me lembra de beber água e fazer exercícios”, explica Artelt. As possibilidades do Novo Trabalho são diversas – cabe às próprias empresas dar os primeiros passos.

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