“É preciso agir com as duas mãos”

Mas isso não é mais suficiente.
Nos últimos oito ou nove anos, tive a sorte de trabalhar em locais de inovação como Cingapura e o Vale do Silício. Vivenciei a emoção de jovens empreendedores e intraempreendedores, implantando “novas formas de trabalho” em equipes multifuncionais fluidas e experimentando o caminho para a chamada curva do “taco de hóquei”. Foi maravilhoso vê-los traduzindo os mesmos princípios fundamentais que aprendi quando era um jovem engenheiro para o objetivo da inovação revolucionária. A diferença é que eu era sensei e deshi – ambos ensinando princípios básicos como experimentação Lean, gestão visual e execução de estratégias, e aprendendo sobre as chamadas tecnologias “exponenciais” que possibilitaram o avanço.

Hoje, acredito que devemos nos tornar ambidestros. Devemos ser capazes de proteger o negócio principal usando os métodos robustos da Excelência Operacional/Gestão Lean. Mas também precisamos estimular um novo crescimento usando métodos pioneiros nos pontos quentes de inovação do mundo.

Como criar uma organização ambidestra?
Uma que seja à prova de falhas em seu negócio principal e, ainda assim, seja capaz de reconhecer as necessidades não atendidas dos clientes e de construir, medir e aprender rapidamente seu caminho para a curva de inovação. Uma empresa que possa melhorar as jornadas dos clientes existentes e também criar novas jornadas, ofertas e até mesmo novos negócios. Esse tem sido meu foco nos últimos anos. Na verdade, escrevi um livro sobre isso chamado “Harnessing Digital Disruption”, que descreve minhas aventuras no animado ecossistema de inovação de Cingapura. Você pode pensar nisso como “Getting the Right Things Done in a Digital World” (Fazendo as coisas certas em um mundo digital).

Minha equipe e eu criamos e validamos um poderoso conjunto de conhecimentos que, acreditamos, prepara a organização moderna para o século XXI. Foi isso que compartilhei na conferência do Best Practice Day Brasil, em São Paulo: uma palestra intitulada “Getting the Right Things Done in a Digital World” (Fazendo as coisas certas em um mundo digital), bem como um workshop de um dia inteiro chamado “Digital Strategy – Igniting New Growth” (Estratégia digital – estimulando um novo crescimento). Tenho certeza de que poderíamos envolver organizações que levam a sério a inovação e querem se tornar verdadeiramente ambidestras.

Proteger o negócio principal não é mais suficiente. Precisamos também estimular um novo crescimento. “GRTD in a Digital World” e “Digital Strategy – Igniting New Growth” o ajudarão a iniciar essa jornada essencial.