POR QUE AS EMPRESAS TOMAM DECISÕES ERRADAS APESAR DE UMA ENXURRADA DE DADOS
MUITAS ORGANIZAÇÕES CAEM NA ARMADILHA DA ALUCINAÇÃO MESMO SEM utilizAR CHATGPT E SIMILARES. ISSO OCORRE PORQUE, EMBORA NÃO TENHAM UMA COMPREENSÃO CLARA DE GRANDE PARTE DOS DADOS COLETADOS, ELAS OS UTILIZAM COMO BASE PARA SUAS DECISÕES ESTRATÉGICAS.
Pilotos realizam verificações antes de cada voo para checar as condições técnicas da aeronave. As informações sobre o clima e a carga também são inseridas nos sistemas da aeronave. O planejamento cuidadoso do voo, que inclui todas as informações meteorológicas, de carga e de tráfego, é fundamental para um voo seguro. Não há nada pior do que começar a viagem na Europa com o melhor tempo e ser surpreendido por tempestades ou carga escorregadia na metade do voo para a América do Sul.
Uma empresa deve ser organizada da mesma maneira, pois, afinal, em toda a cadeia de valor há uma infinidade de variáveis extremamente pequenas que, devido às suas interdependências, têm um forte impacto no resultado final. No entanto, em muitas organizações, a visão integrada e a coordenação de todos os dados geralmente não existem, e o que se encontra é uma verdadeira miscelânea sem uma abordagem consistente. Isso torna extremamente difícil obter insights relevantes dos dados. A variedade de formatos e aplicativos são obstáculos em um cenário de sistema de TI heterogêneo que impede o planejamento e a colaboração entre departamentos.
AS EMPRESAS NÃO CONSEGUEM enxergar o mar DE KPIs PARA TODOS OS MUITOS NÚMEROS
O tamanho desses desafios para o setor pode ser visto no recente estudo da Staufen “Digitalização 2024“. Em uma pesquisa com 417 organizações da Europa, seis entre dez entrevistados admitiram que, embora visualizem os números de cada uma das diversas áreas, sabem muito pouco sobre as interdependências. A compatibilidade insuficiente da TI e a falta de experiência em análise impedem que as interrelações entre os dados sejam reconhecidas. É mais provável que as informações acumuladas confundam, em vez de fornecer valor agregado ou formar a base para recomendações precisas de ação. Em resumo: as empresas não conseguem enxergar o mar de KPIs em meio a tantos números.
E COMO AS EMPRESAS LIDAM COM O ARQUIVAMENTO DE DADOS?
Então, como as organizações lidam com o arquivamento de dados? Para 77% dos entrevistados, um sistema ERP é a solução escolhida com mais frequência, seguido por bancos de dados como o Microsoft SQL Server ou PostgreSQL (69%) e listas do Excel (54%). No entanto, programas como o Excel funcionam como planilhas eletrônicas e são adaptados a uma área de aplicação muito específica e, assim como um sistema ERP, não são ideais para o arquivamento de dados. Como consequência, os silos de dados e as funções limitadas dos sistemas individuais reduzem a eficiência e a produtividade das organizações.
Especialmente agora, em tempos economicamente desafiadores, uma empresa organizada de forma eficiente e focada na excelência operacional é extremamente importante. Usando ferramentas de análise sofisticadas da caixa de ferramentas de digitalização, as organizações podem realizar uma verificação virtual antes do voo de toda a cadeia de valor e identificar quaisquer fontes potenciais de risco ou potencial de otimização. Em seguida, é feita a implementação prática.
MAIS RÁPIDO, MELHOR E MAIS BARATO
Muitas vezes, porém, o oposto ainda é o caso: embora os dados existentes sejam coletados, a maioria das empresas não os compreende totalmente nem os analisa adequadamente. No entanto, mais de 70% das empresas afirmam que usarão esses dados para o desenvolvimento de estratégias futuras. Um esforço arriscado.
Ao mesmo tempo, o potencial oculto em nosso próprio mundo de dados é bem conhecido: por exemplo, 72% dos entrevistados admitem que uma análise de dados aumentaria a eficiência em suas organizações. 57% esperam que seus prazos de entrega sejam otimizados, 52% esperam um aumento na qualidade, enquanto 48% esperam ver um aumento na satisfação do cliente.
AS ORGANIZAÇÕES PRECISAM ENTENDER O QUE AS MOTIVA
A análise profissional de dados, combinada com uma estratégia de excelência operacional, é essencial para que as organizações não fiquem às cegas no labirinto de produtos e processos cada vez mais complexos e escolham o caminho mais curto e mais eficiente: as organizações precisam entender o que as faz funcionar, quais mudanças levam a quais resultados e como o processo de criação de valor pode ser otimizado. Porque, independentemente de a questão ser cadeias de suprimentos, processos de produção ou desafios de RH, muitas vezes até mesmo pequenas modificações e ajustes finos podem ter um grande efeito de alavancagem.
Alberto Senapeschi Neto
Senior Partner
STAUFEN.Brasil
Alberto Senapeschi Neto
Senior PartnerSTAUFEN.Brasil
Mais de 20 anos de atuação no grupo Faber-Castell (empresa global de origem Alemã) em grande parte como executivo das áreas de operações e supply chain tendo implementado os processos de S&OP (Sales & Operations Planning), Strategic Sourcing e feito o turnaorund de uma unidade industrial.
Em consultoria, definição e implementação de estratégias para aumento de performance tanto em operações industriais quanto em supply chain.
Estratégia e suporte à implementações de elementos da indústria 4.0.
Gestão e liderança de equipes.
Projetos:
– Oji Papeis: Improvement of performance and Lean transformation.
– Thyssenkrupp Elevators: Performance gain in logistics.
– Construtora Tenda: Supply chain – performance strategy and gains.
– Faber-Castell: “Turnaround” of an industrial unity.
– Banco Itaú / Staufen Academy: Training in S&OP, PCP, Lean&Digital, etc.
Contatos: alberto.senapeschi@staufen.com.br
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